quinta-feira, 19 de setembro de 2024

19ª Revezamento São Chico - 90 km - Trio Femino - 14/09/2024

    Saudações  leitores deste singelo blog. É com grande satisfação que venho aqui relatar como foi participar da 19ª Revezamento São Chico, onde fizemos o percurso de 90 km na categoria Trio Feminio.

Time F - Du Correa:
Eliz, Eu e a Grasi 

    Pode-se dizer que o planejamento para participar dessa prova começou há exatamente 1 ano, que foi quando me deu o start para buscar a assessoria da qual hoje faço parte com muito orgulho. Essa foi minha 5ª participação nessa prova, mas foi a primeira vez na categoria trio feminino.

1ª Participação - Volta de SFS

2º Participação - Volta de SFS

3ª Participação - Volta de SFS

4ª Participação - Volta de SFS

      

As atletas do Time "F": Grasiela, Elizangela e eu. A Grasi eu lembro quando ouvi pela primeira vez seu nome foi na prova da Ponta do Papagaio durante a premiação dos 5 km e  ela estava lá representando os verdinhos no 5º lugar geral, depois disso tivemos o prazer de nos encontrar em outras provas e também para um treinão na Praia Grande. Recentemente tivemos a grande satisfação de dividir pódio na Corrida do Fogo em Araquari. Elizangela é uma das atletas mais fortes da equipe, experiente em trilhas e  transmite uma imagem durona que intimida qualquer uma. Tive a honra de dividir o pódio com ela em duas ocasiões, na corrida do Lar Betania e na corrida de Araquari. 


Família querida: Nossa atleta Grasi, seu esposo Adélcio e o filho Gabriel.
 Adélcio também participou da prova na categoria "trio veterano".

    Equipe e o carro de apoio: Foi usado o carro da Grasi como veículo de apoio e o Reinaldo, marido da Eliz ficou responsável por dirigir e nos acompanhar durante essa louca jornada. O Gabriel, filho da Grasi e do Adélcio, um lindo mocinho de 11 anos autista, também nos acompanhou. Ele me ajudou a superar a dor quando eu machuquei a minha mão ao fechar a porta da caminhonte, ele me viu choramingando e me ofereceu uns beijinhos que aceitei e ele me enviou pelo ar para que sarasse, foi tão doce e gentil que fez a dor ficar mais suave com certeza.

Tirei uma fatia da mão mas já tá sarando graças ao carinho do Gabi

    O veículo era um carrão, grande, espaçoso, seguro e muito confortável (não sei dizer marca e modelo só sei que era uma caminhonete preta bem linda😅).  O motorista também foi muito habilidoso e  prudente. Não tivemos nenhum tipo de problemas ou inconvenientes sérios com relação ao  trânsito ou probelmas mecânicos que nos prejudicasse. 

Nós e a  melhor equipe de apoio que poderia existir.
Gratidão por tudo!!!

    Quando estava há duas semanas da data da prova, eu comecei a sentir uma certa dorzinha após um treino longão, no meu quadril (cabeça do osso do fêmur)  e fiquei em pânico pois achei que não fosse dar conta de cumprir com a minha missão. Dei uma segurada até o dia da prova.

Na expectativa para a largada

    Finalmente chegou o grande dia!!! Numa manhã chuvosa, nos encontramos no centro, nos abraçamos, a Eliz puxou uma oração pedindo proteção e bençãos durante a prova e assim fomos pra concentração da largada. Eu estava uma pilha de nervos. Não queria aquecer mas o treinador mandou e eu fui. Fiz uns 5 minutinhos e já comecei a pingar de suor e também sentir a dor chata na minha perna, fingi que nada tava acontecendo. Até porque cada uma já possuia suas  próprias preocupações e medos pra lidar. 

Seção 1 - Passando em frente ao Museu Nacional do Mar logo após a largada.

Seção 1 - na ciclovia em direção ao Paulas - Gostei da foto porque tô 'voando" rsrs 

  Seção 1 - 9,1 km  A largada foi por minha conta, eu sabia que tinha que controlar a minha velocidade pra poupar pra ter gás ao longo da prova, então eu não deveria dar o meu melhor pace dos paces nesse momento, fui na "maciota" até o ponto de transição, as meninas foram me acompanhando com o carro de apoio, fazendo o suporte da hidratação. Na metade do percurso tomei um sachê de carbogel pois ainda estava em jejum. Cheguei bem no ponto de transição e passei a vez pra Eliz.

Seção 1 -  passando pela estrada do monte de trigo - Nesse primeiro percurso era pra eu ter ido um pouco mais devagar do que costumo fazer nas provas  mas não era pra ser tanto assim também.Tinha como meta  do pace ficar entre 4:40 e 4:50 no máx.

Seção 2 - 8,2 km - Eliz partiu  em direção até a entrada da estrada do Capri. Fomos fazendo o suporte na hidratação dela e assim que ela terminou, relatou dor intensa nos pulmões, ela estava em recuperação de um princípio de pneumonia e era evidente no seu semblante o sofrimento causado pela dor. O que me impressionou muito, pois observando ela correndo, aparentava estar plena e sublime. Ela correu o percurso inteiro sem parar,  na postura linda, ritmo constante que se não falasse eu jamais desconfiaria que tivesse passado toda dificuldade que relatou.Assim que terminou ela foi se posicionar no forte pra descansar e esperar pela sua próxima pernada. Então foi a vez da Grasi correr. 

Seção 3 - 4,7 km - Nesse ponto de transição, a organização instalou os banheiros químicos no meio do caminho por onde os atletas saiam da área de transição.  Grasi largou da entrada do Capri e foi até o Iate Clube,  acompanhamos ela com o carro e fizemos o apoio na hidratação na metade do percuso e fomos para o próximo ponto de troca onde eu correria o próximo trecho.


Além da corrida nos percursos, correram um monte durante
o apoio na hidratação!!! Gratidão meninas!!

Seção 4 - 5,7 km - Pra mim particularmente aqui foi o meu trecho favorito da prova. Onde foi mais prazeroso de correr pois não estava tão cansada ainda  e apesar da maré estar cheia, a areia onde corremos não estava tão fofa. A chuva já tinha passado e o clima estava gostoso.  Foi no final desse trecho que percebi que estávamos na segunda colocação.

Seção 4 - Praia do Capri 

Seção 4-  Gosto assim !!


Fiz um pace muito bom  para meus padrões considerando o percurso de areia com travessia na água e trilhas.

Seção 4 - Eu bem faceira, vendo que já estava chegando no ponto de troca.

Seção 5 - 4,3 km -  Nesse ponto a Eliz assumiu novamente a corrida. Como o percurso era relativamente, fomos direto para o proximo ponto de troca deixar a Grasi pois ela assumiria no próximo trecho. Foi tão rápido que mal deu tempo da Grasi decidir se colocava a camisa ou ia de top mesmo, a Eliz logo apareceu e aí a Grasi foi jeito que estava.

Seção 6 - 5,6 km -  Grasi assumiu a corrida, esse percurso foi todo pela areia e tinha a travessia do rio, a maré estava bem cheia mas tinha o apoio dos guardas vidas no local. Fomos com o carro até a ponta da Enseada. Como ficava inviável de ajudar na hidratação, a Grasi levou uma garrafinha junto com ela nesse percurso. 

Seção 7 - 3,2 km - Não se enganem achando que por ser o percuso mais curto seja o mais fácil. Esse é um trecho bem desafiador, envolve altimetria acentuada, escadaria e descida com trilha. Aqui foi onde a Eliz arrasou com seu talento. Não marquei o tempo que ela levou, só deu de perceber que ela voou pela trilha,  comentou que levou dois tombos, imagina também pegar uma trilha logo após uma chuva!! Mas apesar das dificuldades ela conseguiu terminar muito bem esse percurso e entregou a missão pra Grasi.

Seção 8 - 6,9 km - Considero que é aqui que começa o "inferno" rsrs. A Grasi fez essa parte. Notei não só pelas suas expressões durante a corrida nesse percurso, como a dos demais atletas que o negócio estava Punk. Fizemos o apoio na hidratação mais ou menos a cada 2 km. Ela estava indo muitíssimo bem. E nenhum momento vi ela caminhando  nesse trecho mas durante a hidratação ela comentou que estava muito pesado, o que já era de se esperar se tratando da Praia Grande. Infelizmente a próxima assumir  na corrida seria eu...

Eu e a super Grasi.

Seção 9 - 5,7 km - Quando iniciei a correr nesse trecho, percebi  a agonia que estava por vir. Iniciei descendo até onde fica a linha da água achando que a areia pudesse estar mais firme, quanta ilusão!! Os pés afundavam até os tornozelos, então fui em direção da parte mais seca da faixa de areia pra tentar encaixar um ritmo, mas estava realmente horrível. Muito pesado, chato, um saco. Tentei não reclamar e focar no que deveria fazer que era correr, mas meu Deus do céu como estava difícil correr ali,  não completava 1 km nunca.  Mas tentei não parar e correr o máximo possível pra manter a nossa 2ª colocação na corrida. As meninas foram me auxiliando na hidratação a cada 1,5 km /2 km mais ou menos e eu não estava mais aguentando... queria subir e correr pela estrada. Quis mergulhar e ir nadando... queria fazer qualquer coisa menos continuar ali. Só pensava que eu precisava continuar. A Grasi sempre me motivando com palavras de incentivo e eu morrendo só dizia que não ia conseguir dobrar... Mas enquanto continuava, fiquei pensando no que eu realmente deveria fazer naquela situação. Não é que eu não quisesse correr, eu simplesmente não estava conseguindo. Logo no começo, devido a maré cheia e as dificuldades naturais de se correr na areia fofa, meu tenis encheu de areia, depois molhou no mar, ficou uma maçaroca de areia molhada entre meus pés e a sola do tenis que deixou a minha agonia ainda mais agoniante. Fiquei pensando se valia a pena sacrificar a Eliz nesse percurso, pois uma vozinha dizia na minha cabeça que eu poderia trocar se precisasse. Mas preferi seguir com o roteiro original pois não queria "bagunçar" com o que já estava planejado. E se o treinador me botou pra fazer essa dobra é porque ele acreditava que eu fosse dar conta... Então depois de uns "dois dias úteis", finalmente cheguei no ponto de transição para a troca e só tirei os tenis e falei que iria continuar e fazer a dobra, pois na minha cabeça, se eu tirasse os tenis, iria me livrar daquele peso e talvez fosse ficar mais fácil...

Seção 10 - 7,4 km - ...só que não ficou mais fácil. Ter tirado o tenis, deu um certo alívio mas não o suficiente pra encarar mais 7,4 km de agonia... Durante esse percurso foi só ladeira abaixo. Antes da metade eu  comecei a sentir caimbras nas duas panturrilhas. Uma sensação horrososa demais, até no glúteo senti caimbra. Eu só pensava: "mas pq tá sentindo caimbras ??? Fiz a suplementação, não tem motivo pra isso, continua a correr!!!"... Mas nem caminhar eu conseguia direito. A Grasi em algum momento me levou um sachê de carbo mas eu não quis pois já tinha tomado antes, agora pensando melhor talvez eu devesse ter tomado o que ela me ofereceu também naquele momento. 

Não tinha noção de quantos km era a seção 9 e a 10. Eu pensava que as duas juntas davam em torno dos 14 km. Mas também não queria pensar em nada dessas coisas, só queria que aquilo acabasse. Teve um momento que a Grasi foi me levar àgua eu ainda tive a petulância de perguntar se não tinha mais gelada?? meu deus que vergonha lembrar disso. Na hora mesmo me toquei da minha gafe, a água que ela me deu estava perfeitamente fresca e deliciosa, só que eu  que estava toda desgraçada da cabeça naquela altura queria que a água tivesse mais gelada, aff... Eu só sabia choramingar. Teve momentos que eu pensei que pudesse cair dura morta por ali e fiquei imaginando quanto tempo levariam pra encontrar meu corpo. Percebi que seria rápido, pois logo começaram a surgir atletas de outras equipes me ultrapassando. Eu não me importava tanto quando eram homens ou atletas de outras categorias, desde que não fosse de trio feminino podia passar... Até tentava aproveitar o embalo pra acelerar um pouquinho nesses momentos, mas cada passo mal dado ou tropeção na areia era uma fisgada  nas panturrilhas e glúteos... Eu queria chorar e eu com certeza chorei. 

Seção 10 - "acaba pelo amor de deus"

Quando estava faltando menos de 1km pra chegar no ponto de transição,  uma atleta de outro trio feminino me ultrapassou.... eu entrei em pânico, tentei acelerar não consegui. Continuei rastejando, daqui a pouco outra atleta de trio me ultrapassou, eu queria morrer nessa hora, pois da segunda colocação, acabei deixando a  gente cair pro quarto lugar. Então a Grasi surgiu pra me resgatar!! Com um sorrisão lindo, cheia de energia, elevando a minha moral, dizendo que ainda estávamos em 2º lugar, então eu não sabia se ela ainda não sabia da realidade ou se estava só tentando me animar, de qualquer forma estava dando certo e eu me animei um pouquinho e consegui finalizar os ultimos metros correndo. Mas assim que passei pelo ponto de troca e a Eliz assumiu, eu desabei proxímo da restinga. O Marco atleta do nosso grupo que estava participando da prova apareceu me me ofereceu uma coca-cola geladinha, eu aceitei, óbvio, e foi a coca-cola mais deliciosa que já tomei na minha vida. Estava na temperatura ideal e desceu redondíssima. A Rafa apareceu com um semblante sério dizendo que estavamos em 3º lugar mas que o Du já estava acompanhando a Eliz e que iriamos recuperar a nossa 2ª colocação. Então eu revelei que na verdade estávamos na 4ª posição... e agora tínhamos é que tentar correr atrás do prejuízo. Enquanto eu estava me lamuriando, lamentando toda essa situação, a Grasi me deu um esculacho e usou a sua voz de comando pra me botar nos eixos novamente... sei que enquanto ela falava, eu lembrei de uma frase que ouvi num filme onde o personagem principal disse: "reclamar é rezar pro diabo". Realmente não adiantava nada eu ficar chorando, a prova ainda não tinha acabado!! E ficar reclamanando não iria resolver o problema naquele momento.


Seção 11 - Nosso valente herói Du que apareceu como um anjo no momento mais crítico da nossa prova. 

Seção 11 - 7,5 km - Aqui a Eliz assumiu, eu sabia que apesar do cansaço e dela estar com os pulmões comprometidos ela conseguiria fazer uma excelente corrida. O percurso era no asfaltinho delícia, o que certamente fez a diferença no desenrolar da corrida. O Du acompanhou foi dando ritmo. Minhas esperanças foram crescendo na medida quepercebia que a distância da 3ª colocada pra nós estava dimunuindo na medida que a Eliz avançava, eu acreditava que fossem alcançar logo. No nosso "roteiro original" a Eliz iria dobrar aqui e continuar na seção 12, porém foi feito um ajuste diante no novo cenário então a Grasi já foi se posicionar pra correr na próxima seção.

Seção 12 - 6,3 km - Grasi assumiu a corrida e eu já fui me posicionando no próximo ponto de troca para encarar mais o percurso da sequencia. O Du foi acompanhando a Grasi  e mantendo o ritmo. Nessa altura estávamos todos cansados não só fisicamente mas mentalmente também. A pressão só ia aumentando na medida que a prova ia chegando ao fim. Encontrei a Daiani que estava junto com o seu filhinho Benício torcendo pelas equipes do nosso grupo. Contei da nossa situação naquele momento e ela como sempre positiva emanou boas energias pra gente e falou que tinha certeza que iríamos recuperar. Eu estava aflita pois não tinha certeza se teria condições de encarar mais um percurso e que provavelmente teria que dobrar de novo.


Seção 13 - 6,2 km - Chegou o momento de eu correr novamente. O início desse trecho tem uma dinâmica peculiar. Como envolve a travessia da BR, a gente atravessa a rodovia e precisa esperar alguns minutinhos pra largar, nesse momento eu fiquei lado a lado da nossa adversária que estava na 3ª colocação. Ela largou  com alguns  minutos de vantagem enquando eu tive que permanecer esperando. E assim que me liberaram pra largar, eu fui igual um míssil teleguiado atrás dela. 

Seção 13 - Início da  seção

   A sensação de correr naquela estrada de chão foi simplesmente maravilhosa. Eu senti que ainda conseguia correr, a estrada estava tão gostosa que parecia uma massagem nas pernas  comparado ao que passei lá na PG. Notei que estava me aproximando da nossa adversária com certa facilidade... Quando finalmente ultrapassei ela, foi uma sensação tão maravilhosa que não sei nem como poderia descrever: Foi tipo tirar um sutiã apertado ao chegar em casa após um longo dia de trabalho... 

Seção 13 - Aqui já estava faceirinha pois já tinha recuperado o 3º lugar

    Logo o Du apareceu e foi me acompanhando, muito animado e emocionado confirmou o que eu já sabia, que agora estávamos em 3º lugar!! E então já foi me orientando a ir buscar a 2ª colocada que estava a poucos metros da nossa frente...

    Nós estavamos em um ritmo muito bom, demos um gás e fomos pra cima, mas eu sabia que não iria muito mais longe se fosse pra manter aquele ritmo, perguntei se poderia trocar em vez de dobrar ali, ele  falou que tudo bem. 
Seção 13 - Eu no modo "tio paulo"...


  Senti um alívio enorme. Eu tinha certeza que as meninas dali em diante conseguiriam manter a nossa posição até o fim.  Chegamos em poucos segundos atrás da segunda colocada no ponto de troca, onde a Eliz bravamente assumiu novamente a corrida.

Seção 14 - 5,1 km - Daqui pra frente minha missão estava cumprida. Agora a Eliz tocou a corrida em direção a última seção. E como já imaginávamos, ela manteve nossa posição até passar a vez pra Grasi que ficou reponsável por finalizar a prova. Como esses percursos são relativamente mais curtos, tudo foi fluiu bem rápido. Assim que a Eliz largou, a Rafa foi acompanhando com o carro e o Du foi na pista correndo junto. E nós fomos para o ultimo ponto de troca. Eu peguei a minha bicicleta que estava desde o dia anterior já estratégicamente posicionada  na casa do nosso amigo Luiz (argentino - eletronica eslovenia) para que pudesse usar no apoio nesse último trecho.

Seção 15 - 4,6 km - Grasi ataca novamente e agora foi a minha vez de ficar atormentando a mente dela até a linha de chegada. Aqui originalmente no roteiro seria a Eliz correndo com o esposo na bike rsrs. Devido aos ajustes realizados, acabei em cima da bike e a Grasi correndo. Eu fui falando um monte de abobrinhas tentando puxar o ritmo e botando pressão nela (desculpa Grasi!!) e  continuávamos   em 3º lugar com certa vantagem!! Ela emplacou o ritmo de campeã e assim foi lindamente até cruzarmos a linha de chegada. Ai quanta emoção. Eu cheguei a ficar até com as bochechas doloridas de tanto que fiquei sorrindo!!!

Seção 15 - Eliz, Grasi e eu , cruzando a linha de chegada!

    Daqui pra frente foi só pra frente!!! Ai que alegria, mal podíamos acreditar que completamos essa prova de 90 km com direito a um lugarzinho no pódio, que sensação maravilhosa meus caros.

    Me senti tão querida e amada, principalmente quando vi que minha mãe e meus filhos estavam lá na linha de chegada nos esperando. Foi muito legal. 


    🔥HOT LEGS🔥

"Ai, vocês devem ter ficado bem chateadeas porque perderam, né?"

 Oh, sim!! Olha só como nós ficamos chateadas:

E "a vida imita a arte". Pra mim quadrinho expressa bem sensação de ficar em 3º lugar no pódio hehe


O artista e suas artes 

A minha estimativa era de completar a prova  por volta das 14:30 / 15:00 horas... Porém tivemos nossos percalsos ao longo da jornada e chegamos perto das 16 horas, ou seja, levamos 8 horas 44 minutos e 58 segundos para percorrer os 90 km dessa prova.


Nosso grupo contou com dez equipes participando na prova: duas equipes de trio feminino (1º e 3º lugar), um trio masculino veterano, quatro equipes na categoria francisquense (1º e 2º lugar), uma equipe na categoria feminino veterano (2º lugar), e duas equipes na categoria participação. Independente da categoria ou colocação, parabenizo a todos os atletas pela disposição e coragem de se desafiar e participar dessa incrível prova.

Time campeão - Du Correa!

    Algo que não tem necessidade nenhuma de se comentar aqui mas  vou falar mesmo assim é sobre meu ciclo mestrual, que costuma ser bem reguladinho estava previsto para iniciar na sexta-feira, um dia antes da prova. Mas como já me ocorreu em outras ocasiões, parece que meu organismo já sabe que seria um momento muito inconveniente então adiou a chegada para segunda-feira (que alívio hehe). Ou seja consegui correr sem os desconfortos adicionais que costumo sofrer no início do ciclo. Em compensação eu corri sofrendo de "gravidez psicológica" que me acomete sempre ocorre algum atraso do meu período menstrual.

    Considerações finais: A camisa do evento é muito linda e de excelente qualidade. A arte da medalha e do troféu achei tudo muito lindo. Acredito que poderiam melhorar na sinalização de alguns trechos onde em vez de usarem apenas fitas, poderiam utilizar uns cavaletes para melhor visualização. Em alguns trechos tinha staff que tava "moscando" em vez de orientar os atletas. Eu não tive problemas mas menciono isso por ouvir queixas e reclamações de outros atletas.
    Na chegada tinha uns copinhos personalizados do evento, paçoca, água e isotonico. Achei que fosse isotonico no copinho mas era água com gosto de plástico novo do copo, ui. Apesar de eu amar uma paçoquinha, não me apeteceu o paladar naquele momento, mas peguei uma e dei pro meu filho que não dispensa um bom docinho de amendoim como esse.
    Deixo aqui registrado meu  mais sincero sentimento de gratidão,  ao nosso treinador Du e sua esposa Rafa que são muito além do que apenas profissionais, são uma verdadeira família para todos os atletas do grupo.  Gratidão as meninas que me acolheram na equipe e se dedicaram durante toda a prova oferecendo seu máximo e resultando nessa satisfatória conquista. 
    Meu obrigada aos demais colegas do grupo que além de participarem, também estavam torcendo e vibrando por cada uma de nós sempre que passavam pela gente.

Parabéns a  cada um que esteve presente superando seus limites e desafios nessa prova.


"Dar menos que o seu melhor é sacrificar um dom" 
 Steve Prefontaine