Não costumo fazer postagens sobre assuntos "sérios" sobre a realidade do nosso país, mas isso não significa que eu seja uma pessoa fútil e despreocupada com a miséria que assola não só nosso lindo país como também nosso planeta. E hoje tive a "sorte" de ler um texto que me deixou um bocado mais revoltada do que costumo ficar. Do tipo que me faz querer sair do sério e partir para a ignorância, atitude tomada diante do desespero e da certeza de que nada pode realmente mudar. É nessas horas que devemos fazer aquela oração da serenidade??
Mas acho que não tá certo se manter serena diante de uma INJUSTIÇA absurda dessas patrocinada com o suor da miséria do povo trabalhador, porém estúpido e ignorante por se manter pacífico feito um rebanho de ovelhas retardadas.
Leiam o texto abaixo, se tiver coragem e tirem suas conclusões:
Editorial| Semana de três dias
19 de outubro de 2012
Ao oficializarem uma antiga prática da Câmara, os deputados voltam a conspirar contra a imagem da instituição que deveriam defender.
Está oficializada a semana de três dias para os deputados federais. Por acordo que exigiu apenas uma votação simbólica na Câmara, um dos acintes históricos do Congresso passa a ter amparo regimental. Não foi por acaso que o projeto de resolução da gazeta de dois dias tramitou quase secretamente, sem que fosse necessário expor os votos de cada um dos integrantes da Casa. Com a semana de terça a quinta-feira para votar projetos em plenário, os deputados são dispensados legalmente de estar em Brasília às segundas e sextas. Sempre foi assim, com a diferença de que agora a regalia tem a sustentação das normas legislativas. Ao invés de andar em sentido contrário e corrigir desvios funcionais e éticos que vem acumulando há muito tempo, a Câmara acaba por referendar uma prática condenável.
É inconsistente o repetido argumento de que um parlamentar não precisa estar o tempo todo em Brasília, por cumprir jornadas também em suas bases eleitorais. Admite-se que os políticos com mandato em casas legislativas devem, de fato, preservar seus contatos com os que os elegeram. Mas é difícil concordar que essa relação se estabeleça compulsória e semanalmente, consumindo um terço do tempo de trabalho do deputado.
Fica evidente que, para muitos congressistas, com as exceções de sempre, marcar presença em Brasília, durante os cinco dias úteis da semana, é um sacrifício, mesmo que muito bem remunerado. Para trabalhar 12 dias por mês, um deputado recebe 15 salários de R$ 26,7 mil por ano. Além do vencimento, tem direito a apartamento funcional ou auxílio-moradia mensal de R$ 3 mil, verbas para passagens aéreas, telefone, combustível, manutenção de escritórios e outros gastos de até R$ 34,2 mil e mais R$ 60 mil para contratar até 25 assessores. Pelos três dias semanais, um deputado custa por ano ao país R$ 1,5 milhão.
Destaque-se que as críticas ao comportamento dos parlamentares não podem ser confundidas com as tentativas de desqualificação do parlamento. Ao contrário, são os deputados, com atitudes como essa da oficialização da semana de três dias, os maiores responsáveis pelos atentados à reputação da Casa que deveriam defender. Congressistas que de fato trabalham têm explicitado lamentos constrangedores sobre o comportamento de colegas. O deputado Antônio Andrade (PMDB-MG), presidente da Comissão de Finanças e Tributação, por exemplo, admite que vem tentando, sem êxito, votar um relatório sobre a extinção dos 14º e 15º salários pagos aos membros da Câmara.
Andrade confessou que ele e seus assessores precisam telefonar aos integrantes da comissão, para que estes sejam alertados de que devem comparecer à sessões. É vergonhoso que um parlamentar tenha de chamar seus colegas ao trabalho, como se lidasse com adolescentes gazeteiros. Tudo por que os faltosos não querem perder os dois salários extras que remuneram seus péssimos exemplos contra uma instituição com a relevância do Congresso.
19 de outubro de 2012
Ao oficializarem uma antiga prática da Câmara, os deputados voltam a conspirar contra a imagem da instituição que deveriam defender.
Está oficializada a semana de três dias para os deputados federais. Por acordo que exigiu apenas uma votação simbólica na Câmara, um dos acintes históricos do Congresso passa a ter amparo regimental. Não foi por acaso que o projeto de resolução da gazeta de dois dias tramitou quase secretamente, sem que fosse necessário expor os votos de cada um dos integrantes da Casa. Com a semana de terça a quinta-feira para votar projetos em plenário, os deputados são dispensados legalmente de estar em Brasília às segundas e sextas. Sempre foi assim, com a diferença de que agora a regalia tem a sustentação das normas legislativas. Ao invés de andar em sentido contrário e corrigir desvios funcionais e éticos que vem acumulando há muito tempo, a Câmara acaba por referendar uma prática condenável.
É inconsistente o repetido argumento de que um parlamentar não precisa estar o tempo todo em Brasília, por cumprir jornadas também em suas bases eleitorais. Admite-se que os políticos com mandato em casas legislativas devem, de fato, preservar seus contatos com os que os elegeram. Mas é difícil concordar que essa relação se estabeleça compulsória e semanalmente, consumindo um terço do tempo de trabalho do deputado.
Fica evidente que, para muitos congressistas, com as exceções de sempre, marcar presença em Brasília, durante os cinco dias úteis da semana, é um sacrifício, mesmo que muito bem remunerado. Para trabalhar 12 dias por mês, um deputado recebe 15 salários de R$ 26,7 mil por ano. Além do vencimento, tem direito a apartamento funcional ou auxílio-moradia mensal de R$ 3 mil, verbas para passagens aéreas, telefone, combustível, manutenção de escritórios e outros gastos de até R$ 34,2 mil e mais R$ 60 mil para contratar até 25 assessores. Pelos três dias semanais, um deputado custa por ano ao país R$ 1,5 milhão.
Destaque-se que as críticas ao comportamento dos parlamentares não podem ser confundidas com as tentativas de desqualificação do parlamento. Ao contrário, são os deputados, com atitudes como essa da oficialização da semana de três dias, os maiores responsáveis pelos atentados à reputação da Casa que deveriam defender. Congressistas que de fato trabalham têm explicitado lamentos constrangedores sobre o comportamento de colegas. O deputado Antônio Andrade (PMDB-MG), presidente da Comissão de Finanças e Tributação, por exemplo, admite que vem tentando, sem êxito, votar um relatório sobre a extinção dos 14º e 15º salários pagos aos membros da Câmara.
Andrade confessou que ele e seus assessores precisam telefonar aos integrantes da comissão, para que estes sejam alertados de que devem comparecer à sessões. É vergonhoso que um parlamentar tenha de chamar seus colegas ao trabalho, como se lidasse com adolescentes gazeteiros. Tudo por que os faltosos não querem perder os dois salários extras que remuneram seus péssimos exemplos contra uma instituição com a relevância do Congresso.
Enquanto você tá aí preocupado com o final da novela ou se o seu time vai ser campeão, os fanfarrões que se dizem "políticos" estão usufruindo do bom e do melhor... pois não são usuários do SUS e seus filhos não frequentam escolas públicas, já NÓS... estamos todos na merda! Fodidos, pagando absurdos em impostos que deveriam ser investidos nas carências de necessidades básicas da POPULAÇÃO e não do tal grupinho seleto e privilegiado pela corrupção que está tão bem instalada no PODER desde que me entendo por gente!
Aí quando eu falo em revolta, vem na mente aquele bando de vândalos que só querem se aproveitar da situação e saem quebrando tudo, quando a intenção verdadeira está bem longe disso. Por isso que eu perdi a fé e a esperança de alguma melhora dessa situação, pois não temos cultura, educação... e dos poucos que tem acesso, não sabem usar o que tem disponível com sabedoria. O que tenho visto?? Uma juventude preguiçosa que se orgulha de matar aula para fazer coisas estúpidas como fumar, beber, trepar, vandalizar ou mesmo se entregar ao ócio, reclamando das tarefas escolares como se fosse uma tortura, desrespeitando os professores como se fossem autoridades... que mundo é esse afinal??? Tá tudo perdido!!
Quando eu digo que realmente acredito que o fim do mundo vai acontecer de acordo com as previsões MAIAS ( 23/12/2012), não é porque sou pessimista ou simplesmente LOUCA. É por ter "esperança" de que realmente aconteça algo em grande escala que nos force a mudar nossos conceitos, atitudes, escolhas... que nos faça (se sobreviver alguém nisso tudo) ter uma nova consciência na esperança de ter um MUNDO melhor.
Não me sinto confortável nessa certeza de estar sendo parasitada por esses vermes de luxo!!
Ainda não sei exatamente o que fazer diante disso tudo... Tô muito injuriada nesse momento para ter uma idéia boa. Mas uma coisa pode ter certeza, estou tramando algo, podem falar o que quiser, que não vai adiantar, que é inútil lutar contra isso, mas desistir sem lutar é que não vou! Sou do tipo que tem ATITUDE! Não dependo dos outros quando quero que algo seja feito. A minha parte eu faço, se mais pessoas abraçarem a causa, ótimo. É uma boa causa, pois é pelo bem da COLETIVIDADE da qual fazemos parte, nada mais justo de que cada pessoa lute junto, com sabedoria e determinação!!
Bom apesar de tudo, desejo a todos que tiveram paciência em ler tudo até aqui, um excelente FINAL DE SEMANA!! Até a próxima... bjs :*
Um comentário:
Ai-ai, eu já não tenho esta esperança, de vivermos um mundo com seres humanos melhores, não antes dos próximos 3 ou 5 seculos vindouros.
Mas taí, gostei do teu desabafo.
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