terça-feira, 31 de julho de 2018

2ª Etapa Circuito Renault de Triathlon Olímpico - Duathlon MTB - 28/07/2018

Mais uma proeza concluída. Não fui muito feliz no resultado dessa prova, que aliás quase que deu muito errado. Chegamos atrasados para o congresso técnico, o qual também não fazia muita questão de assistir pois já tinha ideia de como tudo ia funcionar. Dessa vez não conseguimos ficar no camping de sempre pois não havia mais vaga quando fui reservar, então ficamos numa pousada que era um pouco mais longe do local da prova e aí nos perdemos no caminho, mas conseguimos chegar a tempo para a retirada do kit.

Aguardando a largada

Não tive uma noite de sono adequada, rolou um bailão a noite inteira perto da pousada e a música alta incomodou por toda a madrugada. Saímos cedinho para fazer o check in da bike na área de transição e por pouco que não entro, pois fui de acordo com o horário do regulamento onde dizia que as entradas das bikes seria até as 7:18, chegamos 6:55 e disseram que fechariam as 06:50, ou seja, teoricamente só entrei mesmo porque tinha fila e nem todos tinha entrado ainda. Já não curti isso, uma sensação terrível de vulnerabilidade. Quando soube que teriam mais atletas competindo nessa etapa no duathlon, já me preparei psicologicamente pra uma derrota. Então me concentrei apenas em não fracassar totalmente evitando morrer, ser atropelada, desmaiar, cair ou qualquer outro tipo de acidente. 
Sentindo muito frio enquanto aguardava a largada.
A largada estava programada para as 7:20 (conforme o regulamento), mas parece que no congresso técnico falaram que foi adiada para as 7:40, depois lá durante o evento avisaram que seria as 8 horas. Tudo isso só contribuiu ainda mais para a minha agonia.

A primeira pernada de corrida fui relativamente bem, consegui correr os 5 km direto sem parar, mas o tempo foi terrível. Pra competir de verdade eu precisaria perder peso e treinar regularmente, o que não tem acontecido. Depois de completar a primeira parte, entrei na transição pra pegar a bike e demorei alguns instantes, aproveitei pra me hidratar e tomar fôlego e partir pra pedalada de 20 km. Nesse momento meu coração partiu ao testemunhar alguns atletas de elite se complicando com pneu furado logo no início, nossa muito triste pois esses treinam duro pra chegar lá e acabar tendo que desistir por conta de uma coisa dessas. Sem mencionar todo custo com inscrição, equipamentos, suplementos, transporte, etc. Pra chegar lá na hora de pedalar encontrar a bike com o pneu furado. É de chorar mesmo. Eu não tive problemas com nada, só passei muita sede porque dessa vez não lembrei de levar minha garrafinha, só tomei água antes  e depois quando cheguei.

Depois quando terminei a pedalada, tinha mais uma pernada de 2,5 km de corrida, essa foi complicada. Senti muito desgaste físico e não rendi nada. Foi uma porcaria de verdade!


Quando saiu o resultado vi que fiquei em penúltimo lugar  (6º lugar entre 7 atletas, uma decepção, mas  já esperada). O mais triste foi ver que a premiação com troféu foi até o 5º lugar, passei perto do pódio mesmo com esse resultado horrível mas dessa vez não rolou.


As medalhas desse circuito também formam uma mandala no final. Eu não queria mais participar das próximas etapas justamente pra evitar passar por esse sufoco todo, mas agora que comecei vou ter que ir em todas pra poder pelo menos montar minha mandala.

Queria muito mesmo poder treinar... a campeã da prova que virou minha "coleguinha" desde a primeira etapa, veio me questionar sobre meus treinos quando falei que tinha ido mal e eu disse que não estava em condições de manter uma rotina de treino, ela soltou aquele "Mas tu não consegue tirar uma horinha do dia pra treinar???", infelizmente é difícil mesmo de alguém de fora da situação entender o que tenho passado. Se tivesse 1 horinha  livre eu treinaria com certeza, tanto que esporadicamente eu faço os "treinos", mas não destro da frequência que seria ideal, justamente por eu não ter esse tempo disponível de verdade. Aí o que me resta é encarar esses desafios na raça ou simplesmente não ir em mais nada ( que tem se tornado uma opção cada vez mais tentadora).

Aguardando com as crias, a liberação da retirada da bike da transição pra poder ir embora.
Ainda pra aumentar minha angústia, dia 28/07 foi aniversário do meu marido/staff, parceiro nessas loucuras. Me senti culpada por ele estar sacrificando seu dia especial em minha função, sendo que nem um resultado decente eu teria condições de oferecer em troca.  Mesmo assim ele ainda fica me botando pilha pra eu não desistir das próximas etapas. Pelo menos esse ano agora estamos comprometidos em cumprir essa missão.

No geral a prova foi legal, o kit veio uma camisa de manga longa bem linda, mais uma faixa tapa orelhas ótima para treinar em dias de frio, mais os apetrechos padrão (chip, adesivo para o capacete, número de peito, lacres, plaquinha pra bike, pulseira, etc). Na chegada tinha frutas, refri, água e isotônico. 





Um comentário:

Unknown disse...

Oi Pri!! Não quis te questionar não...Foi apenas uma ideia te sugerir...Minha intenção era so essa.. Te admiro por ter compromissos familiares e fazer o que faz no esporte!!! Está de parabéns!!!